8.1.07

Rui Santana lança livro para reviver o talento do Barão de Itararé

Meus compadres e minhas comadres. O humor como resistência à intolerável ditadura era a arma bastante eficaz do jornalista Apparício Torelly (foto), autonomeado com o pseudônimo de Barão de Itararé, vereador eleito e cassado em 1947 pelo Partido Comunista. Enfrentou tanto a polícia secreta do Estado Novo, como a “democracia” pós-45 que colocou seu partido na ilegalidade.

Uma das suas máximas é que, cansado de apanhar ao ser preso, inventou a famosa frase "Entre sem bater", que acabou se tornando um corriqueiro lembrete de cortesia nas portas dos escritórios e também título do quarto livro (que tive a honra em prefaciá-lo) desse meu irmão escritor Rui Santana, amigo desde os tempos das militâncias estudantis, sindicais e políticas na Bahia.

Abaixo segue release sobre a obra.

Humor e ironia - 'Entre Sem Bater - Ditos e Não Ditos' O escritor baiano Rui Santana decidiu que seu quarto livro seria uma homenagem a um ídolo, o escritor e jornalista gaúcho Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly, mais conhecido como Barão de Itararé, pseudônimo com o qual assinou muitos textos em publicações um tanto quanto irreverentes.

O livro “Entre Sem Bater - Ditos e Não Ditos” (assinado por Rui como “Barão de Irará”, uma referência ao município onde nasceu.

Conhecido por ser uma figura carismática e sarcástica a cada opinião lançada, suas frases, sempre carregadas de conteúdo nas entrelinhas, se tornaram famosas.

“Ele era um jornalista e humorista, por assim dizer, dos anos 20, 30, 40. Falava de política de uma forma que atingia a todos, porque colocava uma dose de humor nas críticas que fazia. Além disso, foi o primeiro a chamar atenção para o problema da febre aftosa, e chegou até a estudar sobre o assunto”, revela Rui, contando também que o “Barão” chegou a entrar na escola de Medicina, mas abandonou os estudos no quarto ano por conta de um derrame que sofreu.

O livro de Rui, como ele mesmo diz, fala sobre tudo. “Fala de política, de futebol, da Bahia, do carnaval e tem até receitas de comida. E isso tudo misturado com charges do Daniel Silva, para tornar o livro mais atraente, mais leve.

Esse ano o ‘Barão’ completa 35 anos de morte, e eu quero, com esse livro, mostrar o quanto os textos dele ainda são atuais, como ele tinha esse dom de saber falar sobre vários assuntos sem se tornar chato, quadrado ou entediante.

O bom humor, a ironia e o sarcasmo eram as armas dele na hora de mostrar a realidade do país nos textos que escrevia”, reforça o autor.

Quem se interessar em obter um exemplar entre em contato com o autor pelo e-mail: ruibaianode2@hotmail.com

6.1.07

NOVOS TEMPOS PARA A ORQUESTRA SINFÔNICA DA BAHIA - OSBA


Meus compadres e minhas comadres:

É com muita alegria que inicio o ano de 2007 podendo compartilhar com todos uma ótima notícia vinda da Bahia, mais precisamente da orquestra onde toquei por 11 anos e pude trazer de lá, guardado em mim, gostosas lembranças e muitas saudades dos tantos amigos que lá deixei.

A Orquestra Sinfônica da Bahia já mostra sintonia com as salutares mudanças políticas daquele estado e busca, com as experiências vitoriosas de outros povos somadas aos 22 anos de sua história, traçar os caminhos de sua travessia pelos novos tempos que enfim chegaram.

A notícia abaixo foi extraída do Portal VivaMúsica. Ei-la:

A Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA) promoverá neste sábado, 6 de janeiro, o seminário “OSBA: em busca de novos caminhos”, organizado e coordenado pelo pianista e novo diretor artístico da OSBA, Ricardo Castro. O evento acontece no Teatro Castro Alves, sede da orquestra, em Salvador, e conta com apoio da Secretaria de Cultura daquele estado.

O principal objetivo do evento é determinar as novas linhas de atuação a partir da mudança de governo. “Nossa meta é traçar novos caminhos para a orquestra, com base numa gestão democrática e participativa”, resume Castro, que é baiano.

A OSBA lançará um novo projeto de arte-educação baseado na bem-sucedida experiência da Fundación del Estado para el Sistema Nacional de las Orquestas Juveniles e Infantiles de Venezuela (FESNOJIV). Participa do seminário em Salvador uma representante daquela entidade, a Sra. Bolívia Bottome . Está confirmada a presença de profissionais renomados na área musical clássica do Brasil, como a gestora cultural paulista Cláudia Toni e o oboísta paranaense Alex Klein.

Fundada há 30 anos, a FESNOJIV atende crianças e jovens de baixa renda de toda a Venezuela, dando-lhes a oportunidade de estudar música e tocar em orquestras sinfônicas. Muitos talentos já foram revelados pelo programa, que atende hoje 250.000 crianças. A Venezuela tem 125 orquestras juvenis, 57 orquestras infantis e 30 orquestras sinfônicas profissionais para adultos, além de uma ampla rede de núcleos ou escolas de música.

A abertura do seminário será às 9h30. O público pode participar a partir de 11h45, quando será exibido o documentário “Tocar y Luchar”, sobre o programa da FESNOJIV, seguido de mesa-redonda com os participantes. O seminário será concluído com a apresentação das linhas de base da nova administração e direção artística da OSBA e exposição do plano geral de ação da Secretaria de Cultura para o setor.

O seminário “OSBA: em busca de novos caminhos” é mais uma boa iniciativa de organização e fomento de atividades orquestrais no Brasil. Importante lembrar o recente encontro organizado pela Osesp, em São Paulo, no último mês de dezembro, que possibilitou a criação da Liga das Orquestras Brasileiras.

Confira a seguir a programação do Seminário “OSBA: em busca de novos caminhos”:

9h30: Abertura
9h45: Pontos de Vista
Claudia Toni – Educação musical no mundo; música de concerto; direção executiva e estrutura das orquestras no Brasil.
Alex Klein – O Músico de orquestra; o Solista; o Professor; o Regente.
11h30: Pausa café.
11h45: Projeção pública do documentário “Tocar y Luchar”.
13h10: Almoço.
14h45: Mesa redonda com Bolívia Bottome, Claudia Toni, Alex Klein, Catalina Guevara e Ricardo Castro.
16h: Apresentação “OSBA: Em busca de novos caminhos”.