31.8.07

Concerto dos meus alunos


Meus compadres e comadres.
Neste sábado, às 20 horas, no Teatro Sesiminas do Centro de Cultura José Maria Barra, a Orquestra Jovem e o Grupo de Choro do Centro Cultural Campos Elíseos de Ribeirão Preto estarão se apresentando em evento que marcará o lançamento do projeto social "Rabeca Sapeca".

Proposto por nós da ACUAS (Associação Cultural Antenógenes Silva), o citado projeto já conta com as parcerias do SESI-FIEMG e ROTARY CLUB DE UBERABA e esperamos poder fechar mais algumas a partir do evento deste sábado.

A apresentação é também para homenagear o ROTARY CLUB DE UBERABA que está completando 70 anos e que através do seu presidente, Irizon Amaral Arantes, não está economizando esforços para a realização do evento.

A apresentação da Orquestra Jovem e do Grupo de Choro vai mostrar a Uberaba onde a ACUAS e seus parceiros pretendem chegar com o projeto "Rabeca Sapeca", que é idealizado nos moldes do projeto implantado no Centro Cultural Campos Elíseos de Ribeirão Preto, que já colhe os frutos de um trabalho executado com excelência operacional.

Todos nós, ACUAS, ROTARY E SESI-FIEMG temos muito a agradecer ao Secretário de Cultura de Ribeirão Preto, Dr. Vicente Seixas e à Coordenadora do Centro Cultural Campos Elíseos, Denísia Costa, e dizer que sem o empenho de cada um essa apresentação não seria possível.

A abertura do concerto será a apresentação de um regional de choro (violões, cavaquinhos e percussão), executando obras dos mais consagrados compositores nacionais e em seguida a Orquestra Jovem interpretará obras de Antônio Vivaldi, Villa-Lobos, Ernani Aguiar, Chiquinha Gonzaga, Luiz Gonzaga, entre outros.

A Orquestra Jovem e o Grupo de Choro são formados por jovens de 10 a 16 anos que participam dos cursos de instrumentos de cordas oferecidos pelo Centro Cultural Campos Elíseos de Ribeirão Preto: violino, viola de concerto, violoncelo, contrabaixo, violão e cavaquinho.

CENTRO CULTURAL CAMPOS ELÍSEOS DE RIBEIRÃO PRETO
Mantido pela Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto foi criado em 1º. de agosto de 1.999, com o objetivo de desenvolver ações e projetos sócio-educativos-culturais na área de música e dança.

Tornou-se referência no ensino de artes em Ribeirão Preto e ganhou reconhecimento da comunidade por oferecer oportunidades aos jovens de se aperfeiçoarem e exercitarem suas aptidões artísticas.

Promovendo a inclusão social e cultural através de ação arte-educativa conta com um corpo docente de 22 profissionais e um corpo discente de 1.342 alunos, atingindo a faixa etária de 8 meses a 16 anos, distribuídos nos cursos de: violino, viola, violoncelo, contrabaixo, violão, cavaquinho, piano, flauta-doce, musicalização, prática de orquestra, matérias teóricas, ballet (clássico e contemporâneo), dança de rua e capoeira.

ASSOCIAÇÃO CULTURAL ANTENÓGENES SILVA - ACUAS
Organização Não Governamental que vem somar às demais instituições da área cultural desta cidade no desenvolvimento de projetos culturais além de manter e desenvolver trabalhos artísticos de grupos ou corporações musicais que venham, por ela, ser constituídos.

O nome da entidade foi escolhido como forma de homenagear o grande músico Antenógenes Silva, um dos maiores músicos nascidos em nossa terra, compositor de inúmeras obras que integram o nosso cancioneiro popular e que o elevam ao patamar dos grandes melodistas da música popular brasileira.

A ÁCUAS inicia suas atividades em Uberaba promovendo parcerias em projetos que visam a promoção da cidadania e a inclusão social e cultural uma vez que entre seus objetivos está o de contribuir para o enriquecimento da cultura da cidade e região, por meio de uma programação cuidadosamente oferecida que visa criar e conservar o contato entre arte e sociedade.

Através de sua programação artística e cultural garantirá em Uberaba a presença de artistas, maestros, músicos de renome nacional e internacional, professores, críticos de arte, além de desenvolver cursos de formação e especialização musical e cultural, pesquisa científica, seminários, festivais, entre outros.

Uma sugestão: chegue cedo para garantir um bom lugar. O Teatro Sesiminas tem pouco mais de 530 lugares e os ingressos (R$ 10,00 e R$ 5,00) já estão acabando.

Ah! Ia me esquecendo. Além de pagar o preço do ingresso tem que levar 2 quilos de alimentos não perecíveis. O concerto é beneficiente.

23.8.07

DANIEL DE VITO FAZ RECITAL DE LANÇAMENTO DA ACUAS

Meus compadres e comadres.

Domingo, dia 26 de agosto, é o dia tão esperado por nós e tão cuidadosamente organizado. Estaremos fazendo o lançamento da ACUAS - Associação Cultural Antenógenes Silva - com um recital desse jovem pianista virtuose que do tanto que toca causa-nos a falsa impressão de ser uma coisa muito fácil.

Fácil para ele com quem Deus foi bastante generoso.
Tanta musicalidade aliada ao seu esforço e ao sacrifício de seus pais para proporcionar-lhe os melhores mestres e as melhores escolas, que tinha que dar mesmo no que deu.

Daniel De Vito é o escolhido para fazer o lançamento dessa nova entidade cultural que nasce com o propósito de convergir forças para enriquecer e alavancar a cultura de Uberaba, contribuindo para sua inclusão no cenário artístico nacional.

A ACUAS é uma entidade que nasce com credibilidade e poder de articular parcerias, poder este herdado do respaldo e reconhecimento de relevantes colaborações prestadas à produção cultural de Uberaba por seus membros fundadores.

A escolha do jovem Daniel De Vito não foi aleatória. Mostra o engajamento da ACUAS com a produção cultural da cidade ao mesmo tempo que privilegia e aposta nos jovens talentos além de se comprometer com uma programação artística de qualidade, pois garantirá em Uberaba a presença de artistas, maestros, músicos de renome nacional e internacional, professores, além de desenvolver cursos de formação e especialização musical e cultural, pesquisa científica, seminários, festivais, entre outros.

Para tanto a ACUAS inicia suas atividades artísticas e culturais com parceiros como o SESI-FIEMG e o Rotary Club de Uberaba promovendo como solenidade de inauguração um recital de piano desse fenômeno que é DANIEL DE VITO, que dia 26 próximo, às 20 horas, no Centro de Cultura José Maria Barra, mostrará a sua arte e a de Beethoven, de Skriabin, de Liszt, de Ravel e de Nepomuceno.

Vida longa à ACUAS!

13.8.07

Músicos estão próximos de conseguir mudanças na OMB

A crise representativa na Ordem dos Músicos do Brasil (OMB) chega no limite e artistas de todo o país, articulados em fóruns, conseguem colocar projetos de mudanças novamente na pauta do Congresso. Fórum Nacional dos Músicos está otimista e espera que projeto de lei seja aprovado antes das eleições.

SÃO PAULO - Que a Ordem dos Músicos do Brasil (OMB) está em crise, não é nenhuma novidade até para quem não tem muito interesse no assunto. Presidida há 42 anos pela mesma figura, Wilson Sândoli, que acumula as presidências do Conselho Federal da OMB, do Conselho Regional Paulista e do Sindicato dos Músicos de São Paulo, a representatividade e atividade da Ordem nunca foi tão questionada. Por meio de fóruns regionais, que criaram o Fórum Nacional Permanente de Músicos, em 2005, no FSM de Porto Alegre, os artistas estão conseguindo, além de tornar o debate público, apoio para aprovar no Congresso as modificações necessárias para a democratização da Ordem.

A atuação da Frente Parlamentar da Cultura no tema começou efetivamente no meio de abril desse ano, quando representantes do Fórum compareceram à Câmara para pedir o desengavetamento do projeto de lei 2838, de 1989. O projeto, que não é o ideal, mas já amplia a participação dos músicos na entidade, tem boas chances de ser aprovado antes das eleições, com votação apenas das lideranças de bancadas.

O QUE MUDA:
O projeto modificaria, por exemplo, o mandato dos conselhos para dois anos. Hoje, os mandatos são de três anos, sendo renovados anualmente a partir do quarto ano da primeira gestão. A estrutura é questionada pelos músicos, porque acaba favorecendo a permanência das mesmas pessoas por muitos anos. A composição dos conselhos interfere diretamente na atividade do músico profissional no Brasil porque os órgãos são os responsáveis pela expedição da carteira que autoriza o exercício da profissão em território nacional. São também os conselhos que fiscalizam e autuam as casas que contratam músicos sem a tal carteirinha.

Conforme explicou a assessoria da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB – RJ), vice-presidente da Frente da Cultura, o principal impasse é um projeto substitutivo apresentado pelo Senado. O relator da comissão é Robson Tuma (PFL-SP), que acatou as propostas dos senadores, desviando o projeto dos interesses dos músicos.

O músico e compositor carioca Tibério Gaspar Rodrigues, representante do Fórum Nacional de Músicos, acredita que o relator está sensibilizando-se com a causa dos músicos, devido ao grande apoio e expressão que o Fórum está recebendo no Congresso e na mídia, e vai acatar as reivindicações da articulação.

“A ordem tem um problema grave e central que é a pouca representatividade que ela alcança. Ela deveria servir para regular e prover benefícios, como cursos e eventos. Mas acontece apenas perseguição, impedindo de trabalhar os músicos que não conseguem adequar-se”, afirma Du Oliveira, do Fórum Goiano de Músicos.

O produtor goiano explica que a Ordem tem uma regra que divide os músicos entre profissionais, aqueles que estudaram e sabem ler partitura, e os práticos, que apenas tocam instrumentos, sem base teórica. E apenas os profissionais têm direito a voto. Para Tibério Gaspar, o processo de eleição é extremamente viciado, e com os currais eleitorais já formados. Ele vê, por isso, a necessidade da urgente aprovação do projeto da Câmara, que pontua justamente na questão de ampliação de participação dos músicos no processo eleitoral da Ordem.

A ORDEM EM DESORDEM
Há cerca de três anos, um repórter da revista Carta Capital, mesmo sem nunca ter tido uma única aula de piano na vida, submeteu-se ao teste no instrumento e foi aprovado. O exame, realizado na escola de música Keyboard, em Jundiaí (SP), foi aplicado pelo próprio delegado regional da OMB, Marcelo Dantas Fagundes. Na noite anterior ao teste, o repórter pediu a um músico que lhe ensinasse os dois acordes (lá menor e sol) da canção “Pra Não Dizer que Não Falei de Flores”, de Geraldo Vandré.

Antes mesmo de interpretá-la, o jornalista já podia ser considerado um músico. Depois de pagar uma taxa de R$ 260,00, em dinheiro, e fornecer todos os documentos necessários para a inscrição (quatro fotos 3x4, CPF, RG, carteira de reservista e comprovante de residência), Fagundes emitiu um recibo com carimbo da OMB contendo o nº 24.321, que permitia ao repórter atuar profissionalmente como pianista. Só depois o exame foi feito, e não durou nem cinco minutos. "Toque alguma coisa", pediu o examinador. Pouco depois, o desastre musical foi interrompido pelo delegado regional da OMB com um "já está bom".

Du Oliveira, do Fórum Goiano de Músicos, diz, porém, que a luta não termina com a aprovação dessa mudança: os Fóruns têm uma proposta própria de lei. Mas a estratégia é aprovar primeiro a que tramita na Câmara há mais de 16 anos. Entre outras bandeiras do Fórum, está a luta pela inclusão de aulas de música na base curricular de todo o ensino básico.

ALIENAÇÃO DA CLASSE
“Estamos em uma campanha muito ampla. Sempre houve uma forte dispersão da classe. A imagem do músico é aquela da figura boêmia, do desinformado, de carreira passageira. Nos anos sessenta, pessoas mais esclarecidas como Edu Lobo, Tom Jobim, Geraldo Vandré, Chico Buarque trouxeram novos pensamentos para além da música. Então veio o golpe. Todas as lideranças foram caçadas. Tornamo-nos submissos. E aprofundou-se o processo de alienação em todo o Brasil”, acredita Tibério Gaspar.

O carioca entende que os tempos mudaram e a Ordem ficou para trás, com uma regulamentação de 1960. Ele entende que a OMB poderia atuar em questões como a facilitação de importação e financiamento de instrumentos, sistemas previdenciários e de saúde, a questão de educação dos músicos e do ensino da arte nas escolas.

“O país vive uma situação trágica. Temos que pensar os problemas como um todo, que resultam em desigualdade social. E a música pode contribuir demais nesse processo de inclusão e tomada de consciência. Mas, no geral, ela tem servido apenas para dançar, uma dança alienante. Temos que resgatar o papel político do músico. O artista de vanguarda que forma e informa com a sua expressão”, pontua Tibério.

FORA DE ORDEM
Em março, o Fórum Carioca de Músicos promoveu um grande show público, intitulado Fora de Ordem, que conseguiu atrair novos produtores culturais e entidades da sociedade civil organizada para apoiarem a luta dos músicos. Com essas articulações, o Fórum Nacional está conseguindo envolver a mídia, parlamentares e a sociedade.

“Como é que morre Guilherme de Brito (sambista carioca que faleceu na semana passada) e nós temos de fazer uma vaquinha para poder enterrá-lo? Isso é um absurdo. Uma das maiores referências do samba carioca, parceiro poeta de Nelson Cavaquinho, morreu na miséria. Estão trucidando a nossa memória. Parece que plastificaram tudo com esses americanismos, essa falta de consciência, de pensar no outro”, conclui o carioca, que afirma que o ministro da Cultura, Gilberto Gil, está ajudando na articulação das mudanças.

DESVIO DE ROTA
A Ordem dos Músicos do Brasil nasceu em 1960, por Juscelino Kubitschek, no mesmo ano da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O primeiro presidente foi perseguido politicamente. O atual presidente, Wilson Sândoli, delatou seu único antecessor como comunista. Sândoli assumiu a Ordem, então, como interventor, em 1964. Em 2006, ainda preside a entidade.

Hoje, no quadro dirigente, não há nomes expressivos sob o ponto de vista artístico. Ao ser criada, em 1960, os conselhos regionais e federal eram compostos pela fina-flor da música, gente como Heitor Villa-Lobos, Radamés Gnatalli e Francisco Mignone. O idealizador da OMB foi o paraibano José de Lima Siqueira que, ao falecer, na cidade do Rio de Janeiro, em 1985, além de óperas, cantatas e concertos, deixou um currículo de agitador cultural. Compositor, regente, professor e musicólogo, Siqueira criou e dirigiu três orquestras - a Sinfônica Brasileira, a Sinfônica do Rio de Janeiro e a Sinfônica Nacional.

Por outro lado, todo o poderio político de Sândoli é inversamente proporcional ao de sua carreira artística. Ele atuou como crooner de algumas casas noturnas no Centro de São Paulo, entre os anos 50 e 60. O presidente da OMB diz ter gravado um disco em toda a vida, que nunca ninguém sabe qual é, conforme reportagens publicadas na grande imprensa.

A OMB possui cerca de 50 mil inscritos em todo o país. Desses, pouco mais de 8 mil estão em dia com as anuidades. Em fevereiro de 2000, o departamento jurídico do Conselho Regional de São Paulo emitiu uma carta cobrando os inadimplentes e informando que aqueles que não quitassem seus débitos ficariam automaticamente suspensos do exercício profissional.

QUEM PRECISA DE ORDEM?
Nos últimos anos, centenas de músicos conquistaram na Justiça o direito de atuar profissionalmente sem a licença da OMB. Pernambuco foi um dos primeiros estados que conseguiu articular os artistas em defesa do artigo 5º da Constituição, que garante em seu parágrafo 9º: “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”.

A banda recifense Mundo Livre S/A chegou até a lançar uma música/manifesto, “Muito Obrigado”, no álbum “O Outro Mundo de Manuela Rosário”. A composição narra uma fábula na floresta onde passarinhos que cantavam livremente foram coibidos pelos urubus que decidiram regulamentar o setor.

Entre os refrões que questionavam “quem precisa de ordem para cantar?”, Fred Zeroquatro deixava o recado: “Moral da história – em terra de urubus diplomados, não se ouve o canto dos sabiás”.

Carlos Gustavo Yoda – Carta Maior

4.8.07

"Guerra e Paz", de Candido Portinari, completa 50 anos

O Senador Inácio Arruda apresentou requerimento instituindo 2007 como o ano do cinqüentenário dos painéis Guerra e Paz, do pintor Candido Portinari, instalados na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos, em setembro de 1957.

Os painéis foram um presente do governo brasileiro para a sede da ONU. A obra traz um diálogo entre o trágico e o lírico, entre a fúria e a ternura, entre o drama e a poesia. Com 14 metros de altura e dez metros de largura, os painéis levaram cerca de nove meses para ficarem prontos, representando um grande esforço para Portinari que, intoxicado pelo uso das tintas, fora proibido pelos médicos de pintar.Mesmo diante da ameaça à sua própria vida, não recuou, aceitando o desafio.

Também está prevista uma exposição, programada para o próximo mês de setembro, denominada Guerra e Paz - 50 Anos, que apresentará, no mesmo espaço onde se encontram os monumentais murais, uma seleção composta por 40 estudos, esboços e as duas maquetes, que poderão ser vistos pela primeira vez ao lado dos murais, além de documentos históricos, textos e imagens que contextualizarão a mostra.

Inácio explica que a iniciativa se deve à importância da obra do pintor paulista para a humanidade. “Das mãos de Candido Portinari, nasceram as imagens que denunciaram a violência e exaltaram o amor e o entendimento. A temática da Paz permeou toda a sua vida. Através de sua obra, Portinari lutou tenaz e corajosamente em favor da paz e contra todas as formas de injustiça”, destacou.

Pescado do Portal www.vermelho.org.br