
Algumas cidades brasileiras, como São Paulo, já aprovaram leis que institui a data como Dia do Saci e pela preservação da cultura nacional. Mas o projeto que institui a data em âmbito nacional ainda aguarda aprovação no Congresso Nacional. Dois projetos de lei - do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e da ex- deputada Angela Guadagnin (PT-SP) - se fundiram e foram apresentados à Comissão de Educação e Cultura, que aprovou a medida. Falta a matéria ir a plenário.
Em entrevista à Fórum, Mouzar Benedito, membro da Sociedade dos Observadores do Saci (Sosaci), entidade fundada em 2003, lembra que já faz alguns anos que, no dia 31, o povo brasileiro está comemorando o Raloim, "uma festa imperialista, deformadora do caráter das crianças". Segundo ele, "precisamos nos contrapor a isso. O mais importante é legitimarmos a discussão da mitologia brasileira como resistência à invasão cultural.".
"Nós da Sosaci acreditamos que o dia 31 deve ser o Dia do Saci e seus amigos, justamente pela importância de valorizamos a cultura brasileira. Somente escolhemos o Saci para representar, pois ele é o mito brasileiro mais conhecido no país, além de representar à síntese dos três grandes povos que deram origem ao povo brasileira - o povo guarani, o povo africano e o povo europeu", diz Mouzar.
A seu ver, "o Saci representa muito bem o povo brasileiro, alegre e peralta". Mouzar também é autor do Anuário do Saci, uma agenda que vale por três anos e traz o "lado B da" história do Brasil.