16.5.07

Mulheres

Meus compadres e comadres

Estive ontem (terça) na Câmara dos Vereadores de Ribeirão Preto a convite da vereadora Fátima Rosa para fazer uma intervenção cultural na sessão especial que homenageou as mulheres e especialmente aquelas que desempenham funções de trabalho identificadas com o perfil masculino e por isso sofrem discriminações e preconceitos.

Não podia deixar de comparecer a essa homenagem tão justa e necessária e compareci empunhando minha rabequinha, que foi construída por Mestre Nelson da Rabeca. Toquei uma valsa caipira de Zé Côco do Riachão e declamei uma poesia cabocla de Zé Laurentino.

Depois da sessão foi oferecido um coquitel aos presentes onde pude reencontrar amigos e colocar a prosa em dia.

Mas voltando ao assunto das mulheres, que desempenham funções de trabalho identificadas com o perfil masculino, gostaria de homenagea-las aqui em nosso blogue manifestando a minha solidariedade nessa luta diuturna que enfrentam para conquistarem o lugar de direito nessa sociedade machista em que vivemos.

Sugiro que busquem forças e se espelhem no exemplo de mulheres como Joana D'arc, que comandou exércitos na França do Século XV, na polonesa Rosa Luxemburgo, em Olga Benário Prestes, em Anita Garibaldi - guerreira nas batalhas no sul do Brasil.

Que deixassem contaminar pela força e coragem de Maria Bonita - companheira de Lampião e também de Dadá - companheira de Corisco. Quero também lembrar Diadorim, personagem de João Guimarães Rosa em "Grande Sertão, Veredas", que teve que usar disfarce de homem para conseguir sobreviver no meio da jagunçada que vivia em bandos pelos sertões das Minas Gerais. São exemplos de mulheres corajosas que se endureceram para a luta necessária, porém não perderam a ternura, jamais.

Fica aqui a minha admiração e o respeito por todas essas mulheres valorosas, incluindo nossa amiga vereadora Fátima Rosa a quem parabenizo pela iniciativa.